A OCAL (Organização de Candidatos da América Latina, hoje Organização de Analistas em Formação da América Latina) foi criada em 1980. O Dr. Pablo Abadi, pertencente à Associação Psicanalítica Argentina, juntamente com Raúl Zajdman e Luis Theux, formaram o grupo fundador que naquela época se chamou: “Primeiro Triunvirato”.
A primeira ata que dispomos é de 1982, durante o XIV Congresso da FEPAL, em Buenos Aires. Nesse período, a OCAL estava em fase de organização, definição de estatutos e funcionamento. Conforme a eleição realizada no Rio de Janeiro, a primeira diretiva foi composta por Dr. Pablo Abadi, Dr. Luis Theux, Dr. Raúl Zajdman e Dra. Sonia Abadi. Este período (1980-1982) foi caracterizado pelas dificuldades de seus fundadores em encaminhar a Organização de Candidatos na América Latina.
Foi proposta a formulação de Estatutos Provisórios a fim de fornecer respaldo consistente à organização. Sua sede era a A.P.A. (Associação Psicanalítica Argentina) e continuou assim durante o próximo biênio (1982-1984), quando um membro da APdeBA (Associação Psicanalítica de Buenos Aires) foi incluído na Diretiva.
Durante essa gestão, foi realizado o Primeiro Pré-Congresso da OCAL (1984) junto do (não seria XVI?) VI Congresso da FEPAL. A partir daí, uma das principais atividades da OCAL é a organização do Pré-Congresso da OCAL, realizado de forma bianual e simultaneamente com o Pré-Congresso Didático da FEPAL.
A Diretiva para o biênio 1984-1986, eleita no Primeiro Pré-Congresso, era composta por membros de diferentes países da América Latina (Argentina, Uruguai, Brasil e México), buscando uma maior representatividade. Nesta gestão foi decidido nomear representantes da OCAL em cada Instituto (Latino-americano? Pertencente ao Fepal?) e publicar um boletim da OCAL bilíngue. Foi organizado o II Pré-Congresso da OCAL em 1986, realizado no México. Decidiu-se que a sede da OCAL seria itinerante desde que estivesse localizada no mesmo país que a Presidência da FEPAL, por outro lado, sua Diretiva seria composta pelos então chamados candidatos desse país.
Durante as seguintes Diretivas, enfatizou-se a integração de todos os Candidatos latino-americanos. Assim, no biênio 1988-1990, foram publicados quatro boletins semestrais e se mantiveram reuniões mensais dos membros.
De grande importância foi o trabalho de pesquisa realizado sobre a formação psicanalítica no continente. Durante o XII Congresso Brasileiro da ABP, em 1989, a OCAL contribuiu significativamente para a criação da ABC (Associação Brasileira de Candidatos). No IV Pré-Congresso realizado no Rio de Janeiro em 1990, foi possível, pela primeira vez, articular uma atividade conjunta de docentes e Candidatos para discutir a formação psicanalítica em um evento chamado Interfaces.
Foi na gestão de 1990-1992 que se buscou de forma particular aumentar a proximidade com a FEPAL ao mesmo tempo em que foi decidido emitir boletins, através dos quais os candidatos latino-americanos eram incentivados a filiar-se à OCAL. O objetivo era aumentar os fundos da organização para dedicá-los às atividades de formação e à divulgação para os próprios membros.
Para o primeiro boletim, a Dra. Betty Joseph sugeriu que o tema fosse “A Experiência da Supervisão na Formação” com a intenção de obter mais informações sobre os Candidatos. A Presidenta da OCAL viajou por diversos Institutos da América Latina para divulgar o Pré-Congresso, reunindo-se com o Presidente da FEPAL para discutir a organização do mesmo. Durante essa gestão, foi obtida a redução de custos para a participação dos membros da OCAL no Congresso da FEPAL e houve apoio financeiro e organizacional para a alojamento dos Candidatos. Assim, a OCAL esteve no Congresso Brasileiro de Psicanálise e teve contato com o Presidente da IPSO e do ABC. Também esteve no Simpósio Latino-Americano de Psicanálise no Chile e no Congresso de Amsterdã. Em 1994, a Segunda Revista da OCAL foi publicada e o VI Pré-Congresso foi realizado em Lima, cujo tema foi “A influência do gênero na formação e na prática analítica”.
Esse evento foi marcado pela baixa participação, evidenciando a consolidação ainda inconsistente da OCAL e o desconhecimento do seu significado como “o lugar que pertence ao analista em formação”.